Costa Rica

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63ª Edição

A Costa Rica está localizada no coração da América Central. Pouco explorada por turistas, principalmente brasileiros, o país tem muito a oferecer, afinal, sua privilegiada localização permite percorrer todo o território, de uma ponta à outra, em aproximadamente 3h de automóvel e uns 45 minutos de avião. Vale lembrar que de um lado, temos o Oceano Pacífico, com suas ondas próprias para a prática do surf, água gelada e um pôr-do-sol inesquecível. Do outro, as cores, a água quentinha e o charme do mar do Caribe.

O pequeno território costarriquenho (como nós conhecemos) ou costarricense (como eles se declaram) corresponde a 5% de toda a biodiversidade do planeta, inclusive a maior quantidade de espécies de orquídeas do mundo, além dos 26 Parques Nacionais (27% do seu território) e ainda conta com uma política progressiva de proteção ambiental e ecoturismo sustentável, tornando-se modelo para outros países.

Segundo a New Economics Foundation, uma organização não governamental britânica, a Costa Rica já foi eleita algumas vezes o país mais feliz do mundo, inclusive agora, em 2012. Neste resultado, vale o grau de satisfação da população em relação à capacidade que cada país tem para proporcionar um bem-estar sustentável aos seus cidadãos. Na política, o país destaca-se por ser o primeiro do mundo a abolir o exército, ainda na década de 40, e por ter investido maciçamente em saúde e educação, já que economiza por não ter gastos militares.

Além disso, a Costa Rica é conhecida também pelo seu ex-presidente, eleito duas vezes e em épocas diferentes, Oscar Arias, respeitado por variados líderes e humanitaristas mundiais, ao promover a paz na América Central ainda na década de 80, época da Guerra Fria. Com suas ideias e plena atividade, conseguiu aprovar um bem-sucedido plano de paz, que não somente limitava o tamanho dos exércitos, mas lutava a favor do desarmamento, assegurava a liberdade de imprensa e estabelecia eleições livres e abertas. Em 1987, foi contemplado com o Prêmio Nobel da Paz, usando o prêmio recebido para construir a Fundação Arias para a Paz e o Progresso Humano e dar continuidade ao seu trabalho junto ao povo, defendendo a paz e os direitos humanos.

Com todos esses atrativos, somados ao sol, às praias de águas calmas e também agitadas, diversos vulcões, montanhas, aventura, esportes radicais, ilhas, rios e uma cultura riquíssima, não tive dúvidas ao incluir o país ao meu roteiro num “Mochilão” de 32 dias em janeiro/12. O difícil foi escolher por onde passar, mas acho que consegui viver experiências incríveis por Puerto Viejo, Puerto Limón, a capital San José, Monteverde, La Fortuna, Cahuita e Tamarindo. Claro que faltou MUITA COISA, mas esse gostinho de “quero voltar” é sempre bom. Do canopy, passando pela tirolesa Superman de 1 km, pelas puentes colgantes, ao percurso de quadriciclo, rafting no Rio Toro, ao Tarzan Swing, trekking até o Vulcão Arenal, banhos termais, trilha noturna pela mata fechada e com observação de diferentes animais, pelas ondas que não peguei, mas tentei, os completíssimos museus na capital, aos coloridos muros grafitados, pelas pessoas que conheci e vivências que acumulei. Não garanto que você vá amar, mas recomendo descobrir o que poucos descobriram.

Com estabilidade política e econômica, altos índices de desenvolvimento humano, cordialidade com o turista, clima e natureza invejáveis, não é a toa que no dicionário dos “ticos” e “ticas”, há uma expressão usada em toda e qualquer situação. Nada mais pertinente e significativo para justificar um país surpreendente e um povo honestamente feliz: PURA VIDA!

Texto de Vanessa Aguilera